Em nota para imprensa essa semana, o Banco Central manteve a taxa básica de juros em 2% e mostrando sinais de que pode haver aumento no horizonte de curto prazo dado que deixa de existir o forward guidance, que era um instrumento para calibrar até quando as taxas de juros ficariam extraordinamente baixas, o que mostra que a política monetária seguirá da forma que sempre seguiu. O comunicado na íntegra está no link do 'leia mais'.
Destaco aqui as duas frases mais importantes, visto que é comum o Banco Central expor fatores que têm influências opostas na política monetária:
"Por um lado, o nível de ociosidade pode produzir trajetória de inflação abaixo do esperado, notadamente quando essa ociosidade está concentrada no setor de serviços. Esse risco se intensifica caso uma reversão mais lenta dos efeitos da pandemia prolongue o ambiente de elevada incerteza e de aumento da poupança precaucional."
"Por outro lado, um prolongamento das políticas fiscais de resposta à pandemia que piore a trajetória fiscal do país, ou frustrações em relação à continuidade das reformas, podem elevar os prêmios de risco. O risco fiscal elevado segue criando uma assimetria altista no balanço de riscos, ou seja, com trajetórias para a inflação acima do projetado no horizonte relevante para a política monetária."
|